Uma galáxia, aparentemente, intacta desde o início do universo foi descoberta por investigadores do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC). As imagens foram verificadas através do telescópio especial Hubble e publicadas na revista Nature.
O IAC explicou que apenas uma de cada mil galáxias maciças é uma relíquia do universo primitivo e conserva intactas as propriedades que tinha quando se formou há milhões de anos.
Quando os investigadores do Instituto de Astrofísica das Canárias e da Universidade de Laguna localizaram esta galáxia, solicitaram a possibilidade de observação com o telescópio Hubble para analisarem os aglomerados globulares (agrupamento de estrelas que flutuam em redor das galáxias) que a rodeiam e assim confirmarem os dados que já tinham.
Há dois tipos de populações de aglomerados globulares: os vermelhos, que nascem com as galáxias maciças, se encontram perto de seu centro e têm alto conteúdo de elementos mais pesados que o hélio; e os azuis, com menor percentual metálico e que estão ao redor das galáxias maciças como consequência de terem absorvido outras galáxias menores.
Os resultados da investigação publicados mostram que a galáxia NGC 1277 só possui os aglomerados globulares vermelhos que se formaram com ela em seu nascimento e, desde então, se tem mantido inalterada.
A galáxia NGC 1277 fica na área central do Aglomerado de Perseu, a maior concentração de galáxias próximas da Via Láctea e arredores.