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A polémica sobre a roupa de Serena Williams ao pormenor

Nove meses depois de dar à luz, a ex-número um do mundo, Serena Williams, voltou a um torneio de Grand Slam, no Roland Garros. No seu primeiro jogo, a tenista derrotou a checa Kristyna Pliskova. Mas não foi o resultado que causou sensação, foi a sua roupa: um bodycon preto com um cinto vermelho, inspirado no filme Black Panther. “Eu ainda vivo uma vida de fantasia, sempre quis ser um super-herói, e sinto-me um pouco como uma heroína dentro [deste fato]”, disse durante uma entrevista coletiva depois do jogo.

Mas nem todos gostaram do seu novo equipamento. Não existe um código de indumentária para o Roland Garros imposto aos jogadores, tal como em Wimbledon. Mas o novo fato de Williams deixou a organização parisiense constrangida, sem que estes expliquem verdadeiramente o porquê. De acordo com a BFM TV, o corpo de árbitros discutiu se permitiria que Serena Williams aparecesse em campo com o seu fato. Mesmo que este tenha sido desenhado e fabricado por motivos médicos: “Tive problemas com coágulos sanguíneos, bastantes no últimos 12 meses. Ele [o fato] tem efetivamente uma funcionalidade. Joguei muito com calças porque ajuda a melhorar a minha circulação sanguínea”, explicou a atleta norte-americana.

Além do factor médico, Serena quis também passar uma mensagem: A tenista quer representar “todas as mulheres que tiveram que passar por dificuldades, mental e fisicamente com os seus corpos, e que regressam, confiantes e a acreditar em si mesmas”.

O presidente da Federação Francesa de Ténis (FFT), Bernard Giudicelli, deu uma entrevista à revista Tennis Magazine, onde disse: “Acho que às vezes vamos longe demais. Essa roupa não será mais aceite. Temos que respeitar o jogo e o lugar”, disse Giudicelli reprovando a indumentária de Williams. O dirigente continuou: “Se eu passar uma emoção com algo que é bonito num lugar que é bonito, a emoção é ampliada.” A frase teve uma repercussão absolutamente negativa nos Estados Unidos e alguns defensores da campeã chegaram inclusive a conotar as palavras de Giudicelli como racistas.

Mas Serena não serenou a polémica e respondeu com um toque de humor. No seu último embate, contra a polaca Magda Linette, Williams levou um tutu preto, personalizado por Virgil Abloh, em parceria com a marca Nike. Numa conferência de imprensa, a campeã foi obrigada a responder às perguntas sobre a escolha do vestido. “É fácil jogar com esta roupa”, disse. “É um aerodinâmico, com um braço livre, é muito bom, e sim, é muito fácil jogar com o tutu, porque treinei antes, foi divertido”, afirmou.

 

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