Levantam-se muitas questões e dividem-se lados quando o assunto é gasolina ou diesel, mas a Porsche parece já ter escolhido um lado e quer tornar-se a primeira fabricante automobilística alemã a deixar o diesel, apostando em motores a gasolina, híbridos.
A partir de 2019, a Porsche tem o objectivo de deixar o diesel e apostar em motores a gasolina, híbridos e em veículos elétricos. De acordo com Oliver Blume, presidente executivo da empresa ao jornal alemão, Bild, “agora não haverá mais diesel na Porsche, a Porsche quer concentrar-se em motores a gasolina, híbridos e em “veículos elétricos puros”.
Oliver Blume disse ainda que “a crise do diesel trouxe muitos problemas” para a marca, após o grupo Volkswagen, do qual a Porsche faz parte, ter admitido, em 2015, que equipou cerca de 11 milhões de motores a diesel com ‘software’ capaz de contornar os testes anti-poluição.
Blume, defendeu também que os mais recentes motores a diesel “ainda são atraentes e ecologicamente viáveis e com grande importância para a indústria automóvel”. A Volkswagen aceitou pagar uma multa de mil milhões de euros às autoridades da Alemanha, devido à fraude com as emissões de gases nos carros a diesel, à 13 de junho.
Segundo as entidades judiciais, a Volkswagen falhou no que toca ao controlo adequado da atividade do seu departamento de desenvolvimento de veículos, o que acabou por resultar na produção de 10,7 milhões de carros a diesel com um ‘software’ de controlo de emissões ilegal, entre 2007 e 2015, depois vendidos em todo o mundo.
Os carros produzidos nessa altura tinham um motor diesel EA 288 de terceira geração, nos Estados Unidos e Canadá, e com o motor EA 189 em outros países, equipados com uma função de ‘software’ ilegal. Em 2015 foi revelado o acontecido nos Estados Unidos, com bastantes prejuízos e custos elevados para o fabricante automóvel em multas definidas pelas autoridades norte-americanas.