Um jovem queniano de 16 anos, cujo pénis foi amputado durante um ataque bárbaro em dezembro, tem agora a possibilidade de ter uma vida normal, depois de uma equipa do Hospital Nacional Kenyatta (KNH) recolocarem o órgão preservado.
Esta é a primeira vez que uma operação deste tipo foi realizada com sucesso no país da África Oriental, de acordo com a comunicação social do país.
Na noite em que foi atacado, o rapaz foi levado para o centro de saúde local, onde o órgão foi armazenado num congelador. Os cirurgiões do hospital demoraram sete horas para recolocar o órgão do jovem.
“Recebemos o caso como um encaminhamento de um dos hospitais da região por volta das 9 horas da manhã de 19 de dezembro de 2018. O seu pénis foi amputado na base, com uma faca de cozinha”, explicou Stanley Khainga, que liderou a equipa de urologistas e cirurgiões plásticos envolvidos na delicada operação.
Basicamente, a cirurgia envolveu a reparação de duas veias, dois nervos e uma artéria. Isso era para garantir que houvesse fluxo de sangue para a parte reconectada, explicou Khainga. “Se o sangue não fluir, o órgão morre”, disse, acrescentando que o objetivo do procedimento era alcançar a função normal.
“O nosso objetivo era restaurar a função normal, que consiste em urinar, gratificação sexual, melhorar a imagem corporal e reprodutiva. Também procuramos obter uma aparência estética adequada ou aparência normal do órgão, incluindo o comprimento. O jovem reagiu bem ao pós operatório e já está consegue ter ereções com comprimento adequado.”
O o diretor executivo da KNH, Thomas Mutie, disse que a cirurgia foi um marco para a medicina cirúrgica na região e uma prova da fé em especialistas locais.
“Se a família do paciente tivesse optado por levá-lo ao exterior para o procedimento, o órgão não teria sido viável para a cirurgia no momento em que chegasse lá. É, portanto, um testemunho do fato de que existem médicos altamente qualificados nas instalações”, disse o Dr. Mutie.