2019 foi declarado como o ano da tabela periódica. Para marcar este facto e os 150 anos de existência da mesma, cientistas recriaram a tabela periódica dando ênfase à crescente escassez de elementos utilizados em dispositivos do quotidiano, como TVs e smartphones.
Esta nova visão da tabela periódica foi executada pela Universidade de St Andrews e a Sociedade Europeia da Química (EuChemS) pretende chamar a atenção para o desuso — e a não reutilização — do consumo no nosso mundo.
Os smartphones são constituídos com cerca de 30 elementos, 17 dos quais podem causar preocupação nos próximos anos devido à limitada disponibilidade destes, ao facto de se encontrarem localizados em zonas de conflito ou à nossa inabilidade de reciclar estes elementos na totalidade.
A maior preocupação dos cientistas neste momento são os smartphones, tendo em conta que as pessoas fazem atualização dos seus aparelhos quase todos os anos. Só na União Europeia, cerca de 10 milhões de smartphones são descartados ou substituídos todos os meses.
Pretende-se um reconhecimento da escassez de elementos em risco, assim como melhores práticas de reciclagem e uma economia circular mais eficiente.
A periodic table chart discovered at the University of St Andrews is thought to be the oldest in the world.
The chart of elements, dating from 1885, was discovered in the University’s School of Chemistry. https://t.co/xoRXwFhU4d
#IYPT2019 #evertoexcel pic.twitter.com/ykSlYc7rG0
— University of St Andrews (@univofstandrews) January 17, 2019
Porquê causam os smartphones maior preocupação?
A base desta preocupação incide-se em 3 elementos: Indio (IN) e Lítio (Li).
Os ecrãs inteligentes dos smartphones são compostos por Idio (In), como parte transparente de um filme condutor do óxido de estanho. Com base nas actuais taxas de uso e colheita, o elemento será usado em 50 anos e tornar-se-á extremamente caro.
O lítio usado nas baterias recarregáveis é relativamente fácil de reciclar. Contudo, têm de ser melhoradas as condições de modo a conseguir-se manter as necessidades de abastecimento deste nas próximas décadas.
Claro que somos todos defensores da tecnologia, veio revolucionar o nosso dia-a-dia, mas o uso da mesma com consciência tem de ser uma medida urgente.
A compra de aparelhos que sejam necessários pela sua falta, isto é, não tens telemóvel, porque se partiu, porque se estragou, o teu computador partiu ou estragou, claro tens de comprar um novo. Mas a simples compra porque há um novo aparelho no mercado quando o teu aparelho tem meses ou um, não faz sentido, estamos a cair no circulo do consumismo sem consciência. Cada vez mais os aparelhos têm uma maior longevidade e capacidade de responder com eficiência às nossas necessidades, portanto, pondera e faz um uso inteligente da tecnologia e dos recursos diretamente ligados a esta.