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Vhils mostra em Paris fragmentos de reflexão sobre condição humana na cidade

Vhils

Vhils, vai inaugurar, este sábado, duas exposições em Paris que apresentam “fragmentos” de uma reflexão sobre a “condição humana na cidade”. Instalações monumentais e imersivas, com vídeo, portas de madeira, esferovite, objetos de sucata e cartazes, vão estar expostas no centro cultural Centquatre-Paris, sob o título “Fragments Urbains” (“Fragmentos Urbanos”), até 29 de julho, enquanto a galeria Danysz, vai complementar a exposição com a mostra “Décombres” (“Escombros”), até 16 de junho.
“São, se calhar, estes retalhos de memórias ou de fragmentos que me fizeram refletir ou criar este corpo de trabalho que todos juntos fazem uma reflexão ainda maior. Ou seja, é o juntar destes fragmentos todos que me permite fazer a reflexão sobre a condição humana na cidade”, disse à Lusa o artista, a propósito do título “Fragmentos Urbanos”.
As duas exposições são a continuação do trabalho de Vhils sobre as influências recíprocas entre as cidades e os homens, numa altura em que “mais de 50% da população mundial vive em espaço urbano”, e sobre o impacto da globalização que “traz muita coisa mas, ao mesmo tempo, também tira muito daquilo que tornava muito especiais” indivíduos em diferentes partes do mundo.
“O que eu tento fazer não é uma crítica, mas uma reflexão sobre aquilo que abandonámos em nome do nosso conforto, da nossa ‘ostentabilidade’, em detrimento da sustentabilidade do planeta em si. E nós enquanto cidade também”, explicou.
Desta vez, a reflexão para “expor o que está por trás da superfície” é feita num “contexto muito mais contemplativo”, um espaço museológico em que as cidades entram no Centquatre, são desconstruídas e reconstruídas com retratos humanos e múltiplas perspetivas.
No átrio, Vhils ocupou o espaço com uma mega-instalação com automóveis, eletrodomésticos e vários objetos abandonados, todos pintados de branco, por onde o visitante pode passear e ver-se dentro da própria obra ao ser filmado e refletido em vários ecrãs.
“Há esta reutilização de uma série de elementos que fomos recolhendo de coisas que a cidade ia expelindo, os quais uniformizei com uma cor e tentei construir com eles algo em que as pessoas consigam ter diferentes leituras: primeiro a vista de uma obra de arte, depois algo que relativizas e vês como lixo e, depois, ao mesmo tempo, fazes uma outra leitura em que te vês tu próprio dentro de uma obra”, descreveu.
 

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