Mayra Andrade espalha Cabo Verde no mundo com um som muito próprio

25 de Fevereiro de 2020
Mayra Andrade espalha Cabo Verde no mundo com um som muito próprio

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Mayra Andrade carrega na voz o fruto da imigração. A sua música transporta-nos para um Cabo Verde que, para tantos quantos vivem no arqupélago, sentem saudades de casa. Mas esse saudosismo cheira também a novidade, a novas fragâncias que nasceram nos vários países que já serviram de casa para Mayra. E é isso que ouvimos em Manga, o seu último álbum que tem apresentado um pouco por todo o lado.

Em França, a artista, que nasceu em Cuba, deu um concerto em Lyon e revelou à euronews como se sente feliz em divulgar uma sonoridade que é só sua.

“Não queríamos fazer música tradicional cabo-verdiana ou Afrobeat: a ideia era encontrar algo intermediário e que pudesse ser o meu próprio som”, explica acrecentando: “acho que conseguimos, estou super feliz.”

Quanto ao álbum, chama-se Manga “porque é uma fruta tropical solar, é a minha favorita e simboliza uma feminilidade muito sensual”.

De origem cabo-verdiana, mas nascida em Cuba, Mayra Andrade mudou-se para Lisboa depois de morar em Paris, Angola, Senegal e Alemanha. A migração é para a artista uma fonte de inspiração.

“Vivi em Cabo Verde em diferentes momentos da minha vida, na minha infância, adolescência, quando era mais jovem; depois mudei-me para vários países: tive a sorte de viver numa família de diplomatas “, disse a cantora.

“Aos 17 anos, vim sozinha para Paris e entendi esses sentimentos presentes em tantas canções tradicionais cabo-verdianas: desenraizamento, distância, saudade, separações e a esperança de um retorno ao país “, dise.

Era Cesária Évora ainda viva quando se dizia que Mayra seria a sua sucessora. “Embora sempre tenha aceitado isso como um elogio, isso me incomodou porque ela ainda era uma mulher que defendia a sua música e reputação em todo o mundo”, recorda.

“Espero poder fazer o meu melhor – talvez não tanto quanto ela – para representar a cultura cabo-verdiana, a cultura africana e todas as culturas da música: quero fazer isso, mas também quero associar o nome do meu país para outros universos “, explicou ainda à publicação.

Há exatamente um ano, Mayra lançava Manga. O álbum é um misto entre tons ocidentais, sensualidades modernas de África e da pop tropical.

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