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No próximo dia 5 de setembro de 2025, o palco do Lisboa Ao Vivo acolhe o Fest Semba Lisboa, evento que presta homenagem a Bonga, ícone da música angolana, no dia em que completa 83 anos. Com organização da Tons de Azul e o apoio da RDP e RTP África, o espetáculo tem início marcado para as 21:00 e prolonga-se até às 23:30.
Criado com o propósito de valorizar a herança cultural afro-lusófona, o evento assume-se como um espaço de consagração do semba enquanto expressão artística identitária, reunindo diferentes gerações de músicos em torno de um dos seus maiores intérpretes. Nesta edição inaugural, o evento presta tributo a uma figura incontornável da música africana, cuja voz atravessou continentes e épocas.
A homenagem contará com a presença de vários nomes da música angolana como Edy Tussa, Patrícia Faria, Paulo Flores, Daniel Nascimento, Klaudio Hoshai, Kanu André e Helvio, numa celebração que promete emocionar e levar boa música até ao público. O cartaz junta diferentes gerações de artistas, refletindo a influência duradoura de Bonga na criação contemporânea e no imaginário cultural angolano.
Nascido em Caxito, na província do Bengo, José Adelino Barceló de Carvalho, nome de registo do artista, destacou-se como atleta antes de vingar como cantor, tendo sido campeão angolano nos 100, 200 e 400 metros. Foi, contudo, na música que encontrou a sua verdadeira paixão.
Aliado ao seu talento musical, Bonga teve um papel importante na luta pela independência de Angola, tornando-se uma figura de resistência. Quando exilado na Holanda oficializa o nome artístico para não ser reconhecido e lança o álbum Angola 72, cantado em kimbundu e com assinatura da Morabeza Records. Desde então, construiu uma discografia vasta e coerente, marcada por temas como "Mariquinha", "Olhos Molhados", "Kualuka Kuetu"ou "Sodade", que abordam memória, afetividade e resistência.
Radicado em Portugal há várias décadas, tornou-se uma figura próxima do público português, mantendo uma presença regular nos palcos nacionais e nas celebrações da lusofonia. Ao longo de mais de cinco décadas, Kwenda, como é conhecido, lançou mais de 30 álbuns, entre os quais Paz em Angola (1991), Katendu (1994), Mulemba Xangola (2000) e Kaxexe (2003). Recebeu inúmeros prémios de popularidade e homenagens relativas à sua obra, como medalhas e discos de ouro e de platina, com destaque para a de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras, feita pelo governo francês, e o Prémio Nacional de Cultura e Artes de Angola na categoria de música.
Com uma carreira marcada por uma voz inconfundível e um legado musical que atravessa fronteiras, Bonga será o centro de uma noite pensada para reconhecer o semba como expressão da identidade africana e afro-diaspórica.
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